O
anúncio da realização do colóquio foi feito pelo presidente da comissão
científica Carlos Vaz durante uma entrevista colectiva realizada na reitoria da
universidade lusófona da Guiné. A
intenção é constituir um espaço de promoção de debate de ideias e pensamentos,
inspirado nos discursos e acções do defunto presidente Malam Bacai Sanhá, cuja
ambição era ver a paz, a estabilidade e o desenvolvimento transformados numa
realidade, no seu tão amado país. Carlos Vaz referiu ainda que a comissão que
preside pretende realizar o simpósio internacional de uma forma pedagógica e
cientifica à luz do pensamento do malogrado presidente, analisar e debater a
crise, abrindo novos horizontes e possibilidades, para que o país através de
uma experiencia e ensinamentos muito positivos se reencontre. “É desafio que pretende essencialmente
mostrar que o padrão anterior de violência não serve. Que a paradigmática mudança
tão almejada por todos implica mudança de comportamentos do cidadão na vida
social, educacional e intelectual do país”, vincou. O presidente da comissão científica do
simpósio internacional de Bissau explicou que a iniciativa resulta da sua
proposta, como docente, a qual depois de uma aturada reflexão a Universidade
Lusófona da Guiné adoptou tendo subsequentemente convidado as demais
universidades e o INEP para, de mãos dadas, realizarem o encontro denominado
“Continuar Malam Bacai Sanhá”, sob a inspiração do seu pensamento e acções
demonstrados durante os dois anos que esteve à frente dos destinos do Estado da
Guiné-Bissau.
Carlos Vaz recordou
entretanto, que a universidade existe exactamente para gerar e produzir
conhecimentos, estabelecer uma ponte saudável do saber entre as diversas instituições
públicas e privadas, universidades congéneres e o Governo, para as sociedades,
como uma riqueza de desenvolvimento. O responsável máximo do simpósio de
Bissau, falou dos motivos de vária ordem porque a Guiné-Bissau vem sendo, há
décadas, coroada com desaires e infortúnios, que alimentaram conflitos sociais,
golpes de Estado e guerras, dividindo os guineenses, estabelecendo uma profunda
crise política e militar no tecido nacional. Vaz enfatizou que o malogrado
Bacai Sanhá, cujo propósito era combater essas crises, tudo fez para pacificar
o país, lançando vibrantes apelos a todas as forças vivas para defenderem a
paz, estabilidade e reconciliação, condição sine qua non para se atingir o
almejado desenvolvimento.
Segundo
Carlos Vaz as universidades e o INEP querem com este simpósio continuar Malam
Bacai Sanhá, enaltecer e honrar a sua personalidade enquanto político e
intelectual, que deu tudo o que pode para consolidar a paz, estabilidade,
reconciliar os guineenses, rumo ao desenvolvimento sustentado transformando a
dura realidade da pobreza, da insegurança e do mal-estar social existente no
país.
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